Brasília, 07/04/2014 - O Ministério do Turismo divulga nesta
segunda-feira (7) um estudo sobre o impacto econômico da Copa das
Confederações. O resultado revela a movimentação financeira no período, o
reflexo no PIB e na geração de empregos, além de oferecer insumos para
projeções sobre a Copa do Mundo.
De acordo com a pesquisa, realizada por meio da Fundação Instituto de
Pesquisas Econômicas (FIPE), o torneio gerou um movimento de R$ 20,7
bilhões, sendo R$ 11 bilhões referentes a gastos de turistas, do Comitê
Organizador Local e de investimentos privados e públicos e outros R$ 9,7
bilhões como renda acrescentada ao PIB brasileiro. A expectativa é de
que a Copa do Mundo movimente três vezes esse valor.
Dos R$ 9,7 bilhões, 58% ficaram nas cidades-sede e 42% foram
distribuídos pelo restante do país. “O resultado mostra que o impacto do
torneio não se restringe aos locais onde são realizados os jogos. Eles
têm impacto em todo o Brasil”, afirma o ministro do Turismo, Vinicius
Lages.
O estudo analisa os impactos iniciais, diretos, indiretos e induzidos na
economia. Como base para o cálculo, utilizou-se a soma dos
investimentos públicos e privados em infraestrutura (R$ 9,1 bilhões),
dos gastos dos turistas nacionais (R$ 346 milhões) e estrangeiros (R$
102 milhões) e dos investimentos do Comitê Organizador Local (COL) no
evento (R$ 311 milhões). Desses valores, obteve-se o efeito
multiplicador na cadeia produtiva.
Por fim, mediu-se o impacto da Copa das Confederações na geração de
empregos. Foi criado o equivalente a 303 mil vagas, considerando o
conceito “equivalente-homem-ano”. Isso não significa que a mesma
quantidade de novos empregos foi necessariamente criada. Parte dessa
demanda por novos empregados pode ter sido suprida por horas extras, ou
simplesmente, com o melhor aproveitamento dos empregados atuais. Desse
total, 60% estão nas cidades-sede e 40% no restante do país.
O Rio de Janeiro foi a cidade com a maior movimentação financeira entre
as seis sedes (R$ 6 bilhões), o que significa R$ 2,8 bilhões de
acréscimo ao PIB da capital. Registrou, também, a maior geração de
empregos (59 mil) entre as sedes da Copa. Juntos, turistas brasileiros e
estrangeiros gastaram, no Rio, R$ 117 milhões.
Para a pesquisa, foram ouvidas 17 mil pessoas e analisados os gastos e
investimentos para a realização do evento. Os investimentos feitos até a
Copa das Confederações representam 77% do total previsto para as seis
sedes do torneio de 2013 e 36% do total projetado para as 12
cidades-sede da Copa do Mundo. Os dados são baseados na versão de abril
de 2013 da Matriz de Responsabilidades da Copa
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