Ex-diretor do Banco do Brasil fugiu para Itália com dossiê de informações supostamente ignoradas pelo STF em seu julgamento
Pizzolato possui dupla cidadania |
Condenado a 12 anos e sete meses de prisão pelo Supremo
Tribunal Federal no julgamento do “mensalão”, o ex-diretor do Banco do
Brasil Henrique Pizzolato tem documentos com informações inéditas sobre
sua participação no caso, segundo o jornal Folha de S.Paulo.
Ele fugiu para a Itália há cerca de 45 dias pela fronteira com o
Paraguai, mas seu desaparecimento foi descoberto apenas na sexta-feira
15, quando a Polícia Federal tentou executar um dos 12 mandatos de
prisão emitidos pelo presidente do STF, Joaquim Barbosa, contra
condenados pelo esquema.
Pizzolato tem cidadania italiana. O dossiê deve ser usado por Pizzolato caso um processo seja aberto na
Itália para julga-lo. Os papéis também trazem detalhes de sua defesa na
ação no STF, que o condenou por ter autorizado o repasse de 73,8
milhões de reais do Banco do Brasil para o esquema.
Segundo o jornal, as informações inéditas e outras do dossiê teriam
sido ignoradas Supremo. Os documentos estão sendo traduzidos para o
italiano.
O ex-diretor do BB disse em carta pretender que seu caso seja
analisado pela justiça italiana, que não tem obrigação de extradita-lo
ao Brasil, pois ele é cidadão italiano. Ainda assim, o Ministério da
Justiça estuda a melhor forma de solicitar a extradição de Pizzolato. O
Ministério considera a tarefa difícil, entre outros motivos, porque ,em
2009, o Brasil não extraditou Cesare Battisti, ativista de esquerda
condenado na Itália à pena de prisão perpétua.
Gazeta da Serra/Carta Capital/ Rayssa Aline
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