sexta-feira, 18 de outubro de 2013

CORPO DE JANGO SERÁ EXUMADO EM NOVEMBRO




Presidente João Goulart, destituído pelo golpe militar de 1964


Foi confirmada para 13 de novembro, a data da exumação do corpo do ex- presidente João Goulart sepultado em São Borja, no Rio Grande do Sul. O propósito é investigar a razão do falecimento do político. As análises serão realizadas pelo Instituto Nacional de Criminalística da Polícia Federal de Brasília, através de exames por eles denominados “exames antropológicos” além do DNA.

Após os testes iniciais, começará uma nova etapa com análise toxicológica, estes realizados em laboratórios internacionais acertado pelo governo federal. Em dezembro completa 37 anos do falecimento de Jango, conforme a tese oficial, a causa da morte seria um ataque cardíaco. Entretanto, a exumação é o pontapé inicial para confirmar se João Goulart, destituído pelo golpe militar de 1964, foi assassinado durante sua estadia devido ao exílio, na vizinha Argentina. A secretária Nacional dos Direitos Humanos, Maria do Rosário, garantiu que a verdadeira história por trás da morte de Goulart será descoberta. Afirmou também que Jango morreu em decorrência da operação Condor, um acordo de pânico e extermínio das ditaduras nos países da América do Sul, com consentimento do governo americano que mantinham interesses comerciais no Brasil.

A operação Condor foi à união das ditaduras do Cone Sul para supostamente capturar e “inadvertidamente” matar adversários no exterior. Rosário ressaltou a relevância da exumação, pois de acordo com ela, parte da história pode ser recontada. A ministra lembrou que a exumação atendeu ao anseio da família do ex-presidente brasileiro. “Hoje podemos afirmar que João Goulart foi perseguido por pessoas contrárias a ditadura até o fim da sua vida”, relatou.

De acordo com Maria do Rosário, um levantamento detalhado feito pela Polícia Federal contendo elementos históricos das substâncias tóxicas consumidas na época será realizado a priori, pois será preciso descobrir que tipo de substância era comum diante daquele contexto. Além dos parentes de João Goulart, a ministra também estava acompanhada de técnicos especialistas da Polícia Federal.




Gazeta da Serra/ Noticias BR

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