Seca na região é principal razão da mudança.
3 mil caprinos e ovinos estão expostos na Festa do Boi
Exposição de animais segue até o dia 20 no Parque Aristófanes Fernandes (Foto: Klênyo Galvão/G1)
A falta de chuvas no interior do estado vem mudando o perfil dos
pecuaristas potiguares nos últimos dois anos. Castigados pela seca,
muitos deles resolveram investir menos no rebanho bovino e apostar nos
caprinos e ovinos, por serem animais de pequeno porte e mais resistentes
a estiagem. No Rio Grande do Norte, já são quase 700 mil cabeças de
ovinos e caprinos. Na Festa do Boi 2013, 3 mil – dos 6 mil animais
presentes – são ovinos e caprinos. O evento acontece no Parque de
Exposições Aristófanes Fernandes, em Parnamirim, até o próximo domingo (20).
O presidente da Associação Brasileira de Criadores de Caprino Boer,
Marcelo Abdon, conta que "mais da metade do rebanho bovino do Rio Grande
do Norte morreu de 2011 pra cá. Principalmente este ano, que a seca foi
mais forte". E completa: "Ninguém vê notícia de bode e ovelha morrendo.
Só boi". Ele diz que a procura por reprodutores das raças Boer
(caprino) e Dorper (ovino) vem aumentando consideravelmente aqui no
estado, principalmente em municípios como Lajes, Pedro Avelino e Afonso
Bezerra. Seja porque o criador não consegue repor o gado perdido na
seca, ou porque percebeu que pode ser relativamente mais barato e mais
fácil manter o animal em meses do ano em que o clima não é favorável. "A
refeição de uma vaca alimenta até 25 bodes e ovelhas.
Proporcionalmente, sai bem mais em conta", compara Marcelo.
Fonte: http://g1.globo.com
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